Quênia enfrenta o dilema do milho transgênico
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Quênia enfrenta o dilema do milho transgênico

Aug 17, 2023

Milho transgênico. Crédito da foto: Xochiquetzal Fonseca/CIMMYT.

(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});de TINTSWALO BALOYIJOANESBURGO, (Notícias CAJ)– A perda legal do governo queniano em seus esforços para importar milho geneticamente modificado (OGM) é vista como um revés na abordagem da insegurança alimentar no país.

A administração do presidente William Ruto perdeu na Corte de Apelação, que decidiu que o assunto era de interesse público e que o governo não poderia impor a mudança sem consultar os cidadãos.

O veredicto é uma vitória para organizações não-governamentais (ONGs) que criticaram os planos do governo, mas o economista Wandile Sihlobo expressou desapontamento.

(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});Ele observou que Ruto queria suspender a proibição do cultivo e importação de milho branco transgênico na economia da África Oriental em resposta à crescente insegurança alimentar.

O Quênia está entre os países da região mais afetados pelo período mais seco em quatro décadas.

"O país lutou contra a seca no passado recente e continua sendo um importador líquido de milho", disse Sihlobo, economista-chefe da Câmara de Negócios Agrícolas (Agbiz).

O especialista sul-africano disse que a liberalização do mercado queniano de sementes de milho teria beneficiado os agricultores, da mesma forma que na África do Sul, Brasil e Estados Unidos.

“Na verdade, o sentimento em relação ao cultivo e importação de transgênicos está mudando em todo o mundo, em parte por causa da crise alimentar global e dos esforços dos países para aumentar a produção doméstica”, acrescentou Sihlobo.

No início de junho de 2022, o Comitê Nacional de Aprovação de Variedades de Culturas da China divulgou dois padrões que abrem caminho para o cultivo de culturas transgênicas.

"Agora que esse obstáculo foi superado, a comercialização de cultivos transgênicos na China é uma possibilidade real", disse Sihlobo.

Ele observou que a África do Sul foi uma das primeiras a adotar as tecnologias OGM e começou a plantar sementes de milho OGM na temporada 2001/2002.

Segundo o economista, antes da sua introdução, a produção média de milho na África do Sul era de cerca de 2,4 toneladas por hectare. Diz-se que isso aumentou para uma média de 6,3 toneladas por hectare na temporada de produção de 2022/23.

Enquanto isso, os rendimentos do milho da África subsaariana permanecem baixos, com média abaixo de 2 toneladas por hectare.

Sihlobo disse que, embora os rendimentos também sejam influenciados por germoplasma aprimorado (possibilitado por biotecnologia não-transgênica) e métodos de produção aprimorados de plantio direto e baixo (facilitados por meio de tecnologia GM tolerante a herbicida), outros benefícios incluem economia de mão de obra, uso reduzido de inseticidas e aumento de plantas daninhas e controle de pragas.

Sihlobo acredita que o Quênia está lutando para atender às suas necessidades anuais de milho e importar mais de 500.000 toneladas por ano, usando novas tecnologias, sementes transgênicas e outros meios, deve ser um caminho para aumentar a produção no futuro.

Prevê-se que permitir a importação de milho transgênico da África do Sul, dos Estados Unidos e da América do Sul tenha ajudado a suavizar os preços domésticos do milho no Quênia, que atualmente são o dobro na África do Sul, negociados em torno de US$ 500 por tonelada.

A questão dos OGMs é polêmica. Os críticos acreditam que os transgênicos envolvem alergias, câncer e problemas ambientais – todos os quais podem afetar o consumidor.

- Notícias CAJ(adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

JOANESBURGO – A perda legal do governo queniano em seus esforços para importar milho geneticamente modificado (OGM) é vista como um revés na abordagem da insegurança alimentar no país. – CAJ Notícias